POESIAS JAMES DE SALES SANTOS
Perguntas e Respostas
 Um fio para
tecer o momento 
Muitas noites morrem só para o dia nascer 
Brisa suave quando o medo De usar as palavras
prefiro espiar os beijos das borboletas do que ver a Morte. 
Linguagem. ...linguagem dizem muito, falo nada. 
Um olhar para falar alto mais do que um gesto
 Recolhe-me o
silencio para te levar. 
Mas aonde queres ir? Quando conheceres a saudará
ela vai pedir para voltar ao lugar em que só a imaginação sabe o caminho. 
Sem saber por onde começar eu menino quero
conquistar o sorriso do teu rosto depois que passar o tempo 
Muitas noites ainda vão morrer só para um dia
nascer e tudo que tenho me aparenta ser engano
 Assim me
sinto como um rio que não conhece o mar os olhos ausente de luz o vento sem
direção.
 A dor maior
do mundo 
A vida sem sentido 
A reta sem começo
 Por mais que
eu queira 
Não posso comprar o que não tem preço 
O corte faz metade 
O desejo faz o beijo 
A noite chorando o calor da Terra quebra a resistência
Fico aflito se estou frente a frente 
Meu olhar pede mas você não compreende Coragem e
medo tudo ao mesmo tempo
 Não posso
perder o que não tenho
 Más, posso
falar para o vento meu confidente que você é melodia cantada com notas, é letra
de uma canção que fala a linguagem da vida. ... Amor. ...paixão 
É tempo de primavera 
O vento solto pelas ruelas
 Visita minha
solidão secreta no velho casebre 
Paredes tortas. 
Abro a porta para ver o vazio da rua
 Vazio minha
vida 
Vazio das horas 
A hora não passa 
O dia não chega 
Não posso correr, chorar já não posso, te ver já
não vejo 
Todo sonho agora pesadelo quero fugir, mas fugir já
não dá. 
Memorias já mortas da minha cadeira, cadeira de
roda, roda ciranda, brincadeira de roda. 
Quero viver, viver não importa, más me alegra tua
existência teu sorriso maroto em teu rosto. 
Teus olhos vejo minha tristeza você nunca vem
 Viva fica
minha espera cansaço chega de mansinho. 
Posso dormi nos braços do balanço canção de ninar.
 Barulho de
mar.
Na boca do céu 
A tarde desliza na direção da linha veloz Pétalas exalam o perfume da
razão no descompasso 
Uma união Raios lunar com escuridão 
Uma dança contínua a noite vira dia Olhos deslumbra a perfeição
 Não diga nada, por ser só
segredos não são palavras 
Segredos são apenas medo
 Mas tudo passa tudo passará 
Quando compreendermos a luz 
Veremos a imaginação como a água 
 Não chegaremos ser heróis seremos
anjos Mesmo quando quisermos não estaremos sós
 Por que somos parte de uma
unidade e a unidade jamais nos deixa sós.
SAUDADE
Olhos não sentem e o coração ver? 
O mundo sem realidade 
Falta afeto 
Corpo reclama,
Ansiedade aumenta 
Fala-me como foi seu dia
Faça-me esperar pelo seu abraço
Pois a ti, espero todos os dias 
Em frente ao portão até não mais existir.
Asas 
Somente asas
Parte de um todo em uma criatura alada
Explica-me a sensação de liberdade? sincronia entre razão e emoção
Quero roubar um pedaço de tempo
 Para olhar nos olhos do sonho
 O vento amortece fazendo-se brisa
 O tempo fazendo-se momento
 Faço-me caçador sob a luz lunar
 Tantas horas passadas vejo agora
 Que a sensação de liberdade não
são asas/ e que inspirações podem transforma-se em palavras
 A vida pode ser um sopro
 Em um toco de vela aceso na
madrugada.
O Balanço da vida
 Ideias que rabisco 
Uma viagem para meus polos 
Vento sendo criança faz redemoinho Bagunça da sala embala minha vontade
sorriso com sabor de alegria 
No vai e vem do balanço 
Embalo o sonho com infinitos planos 
O mundo conduz seu giro despercebido com o passar das horas
QUANDO.. 
Cortar os mundos montados num cavalo alado dos sonhos 
Escutar o som do vento quando chicotear teus cabelos
 Identificar tua chegada 
Ao sentir o cheiro próprio do teu corpo Vamos fugir para o lugar de
sempre 
Talvez demore o nosso encontro 
Más quando chegar 
Meu coração vai cantar de tanta alegria Minhas mãos vão ficar frias 
Meus olhos vão chorar quando ver a silhueta do teu corpo 
Quero te conhecer para que não te perca para tempo 
Que meu espírito não esqueça 
Que tu serás para sempre a dona do meu ser Que nunca seja preciso dizer
Eu te amo
 Que sejamos... Como armadura e o
corpo Como a montaria e seu cavaleiro
 Como a espada e seu próprio corte
Montados, numa velocidade suave. 
Vamos cortando o mundo. 
Que um dia não muito distante 
Possamos chegar aonde ninguém vai nos condenar 
Pelo que somos ou pelo o que podemos fazer 
Pois ainda temos o direito de ser pelo menos Em um segundo crianças ou
adolescentes Mesmo que ainda só nos resta ser apenas adulto.
ALMA E O SER..
Não se esconda de mim 
Não me negue atenção 
Não me peça pra viver na solidão 
A tarde chega, é cedo pra ver 
Que a noite aproxima a alma do ser 
É só te encontrar pró tempo correr 
E mesmo assim, eu quero esse tempo com você. 
Conhecer tua vontade aonde queira ir 
Deixa correr, deixa fluir 
Onde você for vou te seguir 
Ah! meu bem querer entre o céu há um lugar Para conhecer o amor 
Para aprender amar 
Pra nunca mais voltar a essa lucidez 
Agora posso ver Quando chegar nossa vez.
BANCO DE AREIA
 Quando o impossível estiver
diante do teu olhar 
Feche os olhos e use a sublime imaginação Volte um segundo atrás, passe a
acreditar Que vivemos no absurdo do momento 
Não no escuro da alucinação 
Más precisamos do pensamento 
Para evoluir em nosso mundo 
Chegar no mar revolto 
Voltar ao ponto morto 
Para subir 
E ir depois beijar o rosto anjo do encanto 
Vai querer chorar rir do passado 
Achar pedras polidas no caminho dos pássaros 
Veleiros a deslizar ao vento 
Toque da quilha no divino manto 
Vou morrer no beijo da água, 
Bêbado pela voz da linda sereia(vida) 
Sou navio preso no banco de areia.
Ser poeta é agonizar diante de si compreender sentindo a dor que as
palavras não conseguem revelar 
É como se a alma encontrar-se apenas por um segundo o espírito 
perde-se para achar o sofrer 
E impuro morrer no seu próprio esconderijo. Para enxergar sua áurea nos
ventos que sopram a sabedoria 
Tantas vezes vividas 
Mas escorre entre os dedos 
O significado da vida 
Quando viver não é sonho 
Tudo é pesadelo 
Não tendo aonde ir os homens procuram o ser supremo DEUS 
Que faz destes mesmos homens 
Seu próprio juiz.
TEMPESTADE 
Choro do céu Fúria de dois elementos 
Água e vento 
Ao meio a nave desliza 
Quadro na parede 
Retrata Monalisa 
Dança de gigantes 
Salão azul negro 
Quero sonhos, não para pesadelos. 
Canto de sereias 
Doce melodia 
Revoada dos peixes 
Mostra a trilha 
Um ponto confuso Lobo do mar, 
Feito Marujo desejo apagar a luz 
E com abraços ou quem sabe beijos 
Fazer a calmaria 
Mar como espelho 
A terra firme chegaria.
ANDARILHO
Vesti-me de trapos farrapos tecido pela noite (minha Madrinha) 
Andei em vales e montanhas 
Em busca de água cristalina 
Cheguei ao mar revolto 
Bicho solto pelo mundo 
Lampejo sem farol a me guiar 
Um porto é do que preciso agora 
Sentir um abraço para aliviar minhas dores e desilusões 
Mas nesse momento a coragem me renega Vêm-me as lembranças do velho
desenho Casa de engenho 
menino brincando de puxa, puxa...(melaço de cana-de-açúcar) 
Curioso tempo vem roubar (burundangas) 
Do baú que guardo memórias minhas 
Velha infância, nobre menina. 
Não encontrei agua cristalina por onde andei O quanto os momentos
produzem no meu velho rosto 
Gotas transparentes que agora escorrem Saciando a saudade de tudo o que
não vivi.
VOTOS
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ideias 
E fazermos planos, 
E junto traçarmos estratégias; 
Que eu possamos contar segredos; 
E me sentir seguro sem medo; 
Das chamadas revelações; 
E me der segurança quanto às coisas do coração 
Que me diga que estou errado 
Estando distante a saudade faça-me sentir que a quero bem perto 
Que me faça promessas de amor 
Esteja presente na tristeza na dor 
A liberdade seja sua companheira 
E nunca se sinta presa 
Mas que não deixe quebrar o encanto da alma de sua beleza 
Que possa presenciar minha fragilidade 
E com ar de graça perceba a felicidade 
Que mostre a verdade 
Mesmo que seja uma contrariedade 
Que tenha defeitos e mostre o que é direito.
ROSA DE MAR E FIM 
A onda de tuas pétalas faz o encontro de horas vividas 
A ferida vai sarar 
Com os riscos sobre a folha de papel 
Quero te levar para o céu 
E com nuvens redesenhar um mundo só para você 
Observo-te e sempre os meus olhos embriagam-se com a beleza do teu ser
Quando quer faz de mim fortaleza 
Vou observar quando a essência cair feito neve, em sua pele. 
E na mesa da sala o copo vai estar vazio. 
E meu corpo vai sentir frio depois que for embora 
Ah! Morte me leva tudo 
Mas não me leve ela, 
Pois sei que ela me ama no seu esconderijo. E ela sabe que sou mendigo
na rua das horas 
Não posso pedir tanto.
 E não sou digno das palavras. 
Escrevo-as para aliviar a alma já prisioneira das asas. 
Que continuamente me leva ao único lugar que quero ir. 
Ao encontro do calor que exala seu corpo. 
O que tenho são pétalas mortas sobre a mesa. 
E a liberdade de não saber aonde ir 
Então me prenda infinitamente, 
Em teu corpo com teu abraço. 
Porque assim estarei prisioneiro de minha vontade 
E não na liberdade sem sentido.
QUANDO NASCE AMOR 
Nasce manso como o avanço da maré sobre a areia 
Os passos que o vento arrasta 
A simplicidade do conteúdo que envolve a natureza 
Perguntas em prosa, 
Sorrisos soltos em gargalhadas. 
Mensagens que aves levam 
Cartas tomam forma de cantigas de amor Tudo para costurar o esplendor da
espera 
E certezas é melhor não tê-las 
Frio e calor, me falta equilíbrio das palavras certas 
Detalhes para embalar todos os estágios 
Até chegada da amizade 
E confidencias feitas de cortinas em tecido transparente. 
Quando chegar o amor 
Haverá doação de lealdade 
Uma verdade em forma de flor 
Enfim se me for permitido 
Quero dançar a música perfeita a meia luz Respirar ar e ser feliz.
O Autor:
Ilustração: Amarildo Nogueira da Silva
Revisão: Wilker Barros de Sousa
Programação visual e paginação: Wilker
Diagramação eletrônica: Wilker


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