Gosto dos prazeres
singelos;
Sentar ao lado de um
amigo em uma tarde nublada, enquanto divide-se café e confidências.
Principalmente se o café demorou anos para ser marcado.
Caminhar devagarinho,
sem pressa de chegar pelas ruas de minha infância. A cada esquina uma
recordação.
Pedalar sem pressa,
apreciando o caminho verdejante. E ora ou outra, florido.
Deitar na redinha na
varanda e admirar o raiar de um novo dia. E as idas e vindas dos transeuntes.
Apreciar o canto das
aves saudando o dia, oh que bela cantoria.
Mergulhar nas águas
salgadas da Pedral e lavar a alma. Renovar-se!
Sentar no píer do porto
dos Tatus e observar a rotina, das chegadas e das partidas constantes.
E por fim, admirar o
espetáculo, que o Sol nós propícia, quando lentamente desce, banhando a tudo
com sua dourada luz poente.
Em prece fecho os
olhos: "Gratidão Deus por mais um dia e por toda essa poesia que conosco
compartilha. Viver é breve e belo. A poesia está nos detalhes do dia a dia.
Hoje a Senzala vai
Tremer!
Visa lá que a senzala não vai se calar,
Nossa luta não será contida.
Batida de pé na melodia cadenciada
Batuque do tambor,
O chão da senzala vai tremer.
Deixa o sinhô chegar…
Lá vem ele…
Estalando o chicote,
Hoje não! Hoje ele não vai me pegar,
Hoje o negro não vai se calar.
Minha capoeira no meio do terreiro vou jogar
Leiê, laiá!
Leiê, Iaiá!
Grita lá na senzala
Minha ginga é a resistência.
Pai Palmares e mãe Dalila lutaram por nós.
Vamos irmãos!
Sacode a poeira, com orgulho entra na roda e ginga
Salve nossa herança.
Nos arrancaram do coração da África,
Nos escravizaram,
Nos chicotearam,
Aos milhões nos dizimaram,
Mas nossa voz não vamos mais calar
Lá vem o sinhô vim me pegar,
Joga ele na roda,
Ensina como se faz:
Aqui sinhô num vamos ser bicho de capataz.
Tua pele escondido nos panos não vale mais do que a
minha que reluz ao sol.
Eu sou a resistência,
O grito na senzala
Senzala que não volta a se calar.
Sinhá não precisa correr pra acalentar o negro
caído.
Leva daqui o sinhô teu marido.
Me deixa cá que minha mãe negra vai me cuidar.
Aos teus pés deixo essas pulseiras de humilhação.
Calma sinhá, não precisa esconder o pão.
Não há razão para que o sofrimento
Me tenha feito bandido ou ladrão.
Sigo agora na luta com meus irmãos.
A senzala que sofreu calada.
Agora vai gritar!
O chicote que cantou seus estalos no couro do negro
agora vai calar.
Dá licença que agora minha capoeira, minha umbanda
vai bailar.
Salve meu rei Palmares, minha rainha Dandara.
Sigo na luta
Sigo com fé
Sou negro, minha pele não me envergonha.
Envergonhados são os que se acham que é meu dono. Só
que eu sou rei!
Reino soberano sobre meu corpo e minha mente.
Sou filho desse Brasil de tantos.
Mas em meu coração África vive.
E minha alma grita por liberdade!
A enclausurada se libertou.
Salve salve senzala!
Nossa voz vai cantar!
Sou a chave que abre as correntes da senzala.
Sou o negro livre,
Sou o grito,
Sou a resistência!
Psicomania
Taxaram-me de louca por querer ficar,
Taxaram-me de louca por querer tentar,
Taxaram-me de louca por querer amar,
Taxaram-me de louca por querer matar.
Quis-te quando te vi,
Reconheci em ti a mesma escuridão que me habitava.
De tanto querer fui me consumindo em vontade.
De tanto amar, perdi minha sanidade.
Mas já não podia me amar, e em meio ao meu riso
irônico decidi te matar.
Será que isso é amar?!
Perco a noção do tempo, mesmo quando volto a te
procurar já não te encontro, dentro dessa prisão, duvido da minha decisão.
Taxaram-me de louca sem solução.
Por: Luana Silva
Ser outro
Crise
Medo
Perdas
Sofrimento
Dor
São um convite
Para um novo tempo
Novos valores
Inspire ternura
Contagie afeto
Chova humanidade
Daqui pra frente
Só paz
Só o bem
Um só povo
A nossa moeda
O amor
Nosso trabalho
Aprender
Transforme-se!
O mundo é você!
Por: Kessiane Ribeiro
Dias
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